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9 Maio 2024

88% aprovam o uso de câmeras corporais

Segundo pesquisa realizada pelo DataFolha e publicada pelo site Poder 360, 88% da população aprovam o uso de câmeras corporais. Isso vai contra as medidas adotadas pelo governador “Zé Carioca”.

 

Dados da Pesquisa:

O levantamento levou em consideração recortes de raça, de gênero e de posicionamento político. Em todos os casos, a grande maioria dos entrevistados foram a favor do uso do equipamento. Nenhum dos recortes obteve menos de 79% de aprovação.

Dentre os bolsonaristas, 79% se disseram a favor do uso das câmeras em uniformes policiais e 18%, contra. Já entre os petistas, 94% são a favor e 3% contra. 

 

Quanto ao que acreditam ser a efetividade do equipamento:

82% disseram que ele contribuiria muito para impedir ação violenta de policiais;

71% disseram que ele contribuiria muito para diminuir a violência de forma geral;

69% disseram que ele contribuiria muito para diminuir a morte de policiais;

65% disseram que ele contribuiria muito para impedir a ação violenta de criminosos;

62% disseram que ele contribuiria muito para diminuir a morte de criminosos.

 

Segundo a pesquisa, 81% dos participantes afirmaram que as câmeras devem ser usadas por todos os policiais, e 7% dizem que o uso deveria ser ampliado, mas não para todos.

Outros 4% afirmaram que o número atual de equipamentos deve ser mantido. 

Em janeiro deste ano, o governo de São Paulo cortou ao menos R$ 37,3 milhões do programa de câmeras corporais usadas nas fardas da Polícia Militar. O projeto teve início em 2021 e, para 2023, a previsão inicial era de que fossem investidos R$ 152 milhões no sistema que monitora em tempo real o trabalho dos policiais.

Foram editados ao longo do ano passado 4 decretos pelo governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), reduzindo os valores que seriam gastos nas câmeras e transferindo o dinheiro para outras despesas.  Estavam em funcionamento em janeiro, segundo a SSP-SP (Secretaria de Estado da Segurança Pública de São Paulo), 10.125 câmeras operacionais portáteis.

Em 2023, as mortes causadas por policiais militares em serviço voltaram a subir. Até novembro de 2023, os agentes da PM em serviço mataram 313 pessoas em todo o Estado, número que já superava os 256 casos registrados em 2022. 

O Ministério da Justiça e da Segurança Pública tem debates para elaboração de um projeto de lei que institucionalize em todo o país o uso de câmeras em uniformes policiais. Vinculado à pasta, o CNPCP (Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária), que é formado por representantes da sociedade civil, já aprovou uma recomendação nesse sentido: foi sugerido que os Estados adotem câmeras que gravem automaticamente e que os dados sejam armazenados por um período de 3 a 6 meses.

 

Metodologia

O Datafolha realizou 1.090 entrevistas com pessoas de 16 anos ou mais na cidade de São Paulo, em 7 e 8 de março. A margem de erro é de 3 pontos percentuais para mais ou para menos. O intervalo de confiança é de 95%. O levantamento está registrado no TSE sob o nº SP-08862/2024. Segundo a empresa que fez o levantamento, o custo foi de R$ 95.438,14. O valor foi pago pela Folha de São Paulo com recursos próprios.

A exemplo de suas atitudes ditatoriais, como no caso da privatização da SABESP, ele ainda afronta com um “Tô nem ai!” ao ser questionado sobre as acusações feitas contra ele por entidades brasileiras à ONU (Organização das Nações Unidas) por conta da escalada de violência nas operações na Baixada Santista, no litoral do Estado.

 

Deixo as seguintes perguntas:

Por que o governador de São Paulo é contra o uso de câmeras corporais?

Será que é porque ele é de extrema direita?

 

Cesar Jumana